domingo, 1 de novembro de 2009

UNIÃO FE - SF GUALDIM PAIS: A CRÓNICA

Foram cerca de 130 adeptos que na tarde de Sábado se deslocaram ao Pavilhão Albano Mateus no Entroncamento para assistir ao derbi Regional entre a equipa da casa, o União FE e a Equipa que viajava de Tomar, Gualdim Pais.

A merecer a arbitragem de um árbitro de topo, internacional, de seu nome Jorge Ventura, a equipa da casa iniciou o jogo com Carlos Tomaz na baliza, Carvalho, Boavida, João Mendes e Rui Alves. E começou melhor a equipa da casa logo à passagem do primeiro minuto, numa jogada de Rui Alves que coloca bem a bola ao segundo poste onde apareceu Miguel Boavida a encostar e a inaugurar o marcador. Cinco minutos depois, o ex-jogador do União agora ao serviço da Galdim Pais, Paulo Silva, estabelece o empate, dando justiça ao marcador tendo em conta o que se ia passando em campo até aí. Num jogo algo confuso onde se destacava os inúmeros passes falhados de ambos os lados, com muito poucas oportunidades de golo e onde o árbitro da partida ainda ia complicando mais o que não estava a ser fácil marcando inúmeras faltas sem justificação não deixando jogar e parando o jogo por diversas vezes não dando ás ao seu estatuto.

À passagem do minuto 15, a equipa da casa desfruta de um livre directo, que dando continuidade ao que vem acontecendo nos últimos jogos, Miguel Boavida chamado a marca, não perdoa, valendo-se da sua melhor qualidade que é a sticada forte e colocada. Dez minutos depois, novo cartão azul para a Gualdim, e, novamente chamado a marcar o livre directo, Boavida em mais um remate directo, não perdoa, colocando a bola por cima do ombro esquerdo do guarda-redes Márito, fixando assim o resultado que se chegaria ao intervalo. Terminava assim a 1ª parte, num jogo muito pouco conseguido por parte do União, onde raramente se viu profundidade e objectividade, característica muito comum nos últimos jogos, muito fruto das excessivas iniciativas individuais e remates de longe muito pouco eficazes.

(Miguel Boavida marcou mais 3 golos neste jogo e é o melhor marcador da equipa com 10)
Chegava então o recomeço da partida, com o intervalo a fazer bem à equipa do União, entrando para esta 2ª parte muito mais esclarecida e objectiva, fazendo rodar a bola pelos seus jogadores, muito mais rápidos a pensar na hora de decidir e acima de tudo dando mais intensidade aos seus movimentos ofensivos, dando alguma razão ao que escrevi na minha antevisão, em que foi nítida a quebra de produção da equipa forasteira, muito derivado a sua falta de treinos e ritmo de jogo, não sendo por isso de estranhar que Rui Alves aumenta-se o marcador, fazendo o 4-1 à passagem do minuto 4.

À passagem do minuto 15, mais uma vez o árbitro da partida a ter protagonismo, onde, na marcação de um livre directo marcado por Boavida, e logo após a contagem gestual do árbitro para que o livre fosse marcado, o guarda-redes da Gualdim Pais, Márito, avança quase 2 metros da sua baliza sem que o jogador do União tocasse a bola, com o árbitro do encontro a mandar seguir, perante os protesto excessivos (embora com razão) do jogador da casa, levando o árbitro a mostrar-lhe mesmo o cartão azul e respectivo livre directo para a equipa de Tomar. Num espaço de 8 segundos, o juiz do encontro, transforma, aquilo que seria um livre directo do União e o cartão azul para o guarda-redes da Gualdim Pais, porque já tinha sido avisado para não se mexer enquanto o avançado não tocasse a bola, num livre directo contra o União, que caso fosse concretizado poderia colocar em causa alguma estabilidade na vantagem que o União tinha até aqui. Mais uma prova que estas novas regras, podem, num espaço de segundos inverter o rumo dum jogo, sendo que cada vez mais o árbitros terão ao seu critério as decisões dos jogos, provando cada vez mais que em termos de critério e uniformização das decisões, ainda haverá muito trabalho a realizar.

Aos 15 minutos Rui Alves coloca alguma justiça no marcador, apontando o seu 2º golo e o quinto do União.
Até ao final, assistiu-se ainda à estreia de Pedro Ricardo a marcar em jogos oficiais e a mais um golo de Nuno Dias, sendo que na equipa adversária, João André ainda reduzia a vantagem, fixando o resultado final em União 7 - Gualdim Pais 2.

Na minha opinião, num jogo onde o resultado foi melhor que a exibição, o União fez talvez em termos qualitativos a pior exibição da temporada, destacando-se a veia goleadora de Miguel Boavida e Rui Alves, os melhores marcadores do União.

Arbitragem algo confusa de Jorge Ventura, não dando crédito às suas qualidades e ao estatuto que tem e já mostrou em outros jogos.

Na equipa da casa, destaco mais uma vez guarda-redes Carlos Tomás, mostrando grande presença e dizendo presente sempre que foi chamado a intervir e Ricardo Camarinhas, que apesar de ter estado parado algum tempo, demonstra já bastante ritmo competitivo, mostrando importante nos processos defensivos da equipa.
Actuação positiva também de Carvalho, sem duvida muito mais útil à equipa quando não entra em picardias e se limita a jogar hóquei. Miguel Boavida a destacar-se pelas marcações de livres directos e o Treinador/Jogador Rui Alves a notar-se ainda alguma falta de ritmo em virtude da paragem, mas sempre muito influente na manobra atacante da equipa.

Outra nota importante, e em mais uma chamada de atenção para o facto de os sócios do União continuarem a pagar o mesmo preço dos bilhetes que os não sócios.

Por: Mário "Serra"
Colaborador UFE Fans

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